É impossível, e seria até prepotente da minha parte, tentar definir o sentimento que percorreu meu Ser nesses cerca de 6 dias de balsa através do Rio Amazonas. Foram 3.000 quilômetros de uma vegetação incrível, voos de araras, papagaios, garças e outras dezenas de pássaros que não saberia dizer o nome; além de macacos, búfalos, bois, botos, grilos, borboletas que aparecem com todo encanto ao longo do trajeto. Cada crepúsculo era um espetáculo do céu; cada nascer do sol uma emoção indefinível. Da rede, a vista permanente da maior floresta tropical do mundo, com ribeirinhos chegando perto da balsa para pedir roupas, presentes ou simplesmente para curiar a nossa passagem. Impossível não perceber o processo de desmatamento no rio mais longo do mundo. É lamentável perceber que o mal da Amazônia são os próprios moradores, que jogam lixo no mesmo todos os dias.
As balsas são vivências à parte; tantos dias literalmente juntinhos faz com que se formem amizades solidamente efêmeras e foi maravilhoso participar desse processo: cantores de banda, futuros jogadores de futebol, gringos, sacoleiros e uma centena de pessoas que tentam uma vida melhor no sentido Manaus pegaram a balsa conosco. Com direito a tempestade (tendo que colocar colete salva-vidas e tudo), ventos fortes e muito balança-balança, eu e Pierre curtimos os dias de ócio produtivo no trajeto Belém-Alter do Chão-Manaus. Talvez as imagens e o vídeo falem um pouco mais por mim:
|
A fiscalização passa é longe: balsas lotadas e sem atenção dos tripulantes |
|
Uma das balsas nas quais embarcamos |
|
A primeira noite foi difícil: enjoo e adaptação |
|
Do banheiro, a vista mais linda do mundo (aqui tava de noite, mas de dia...) |
|
De boa na Amazônia |
|
É assim que a gente viaja |
|
Centenas de redes umas em cima das outras |
|
Só no Brasil uma ideia dessas |
|
Tem quem durma muito bem |
|
Tem quem relaxe também |
|
Com um dos comandantes |
|
Nós éramos os doidos da balsa |
|
Mas comíamos de modo saudável e barato, isso que importa |
|
Da balsa, a Amazônia |
|
Pra criançada não tem tempo ruim |
|
Pierre ajudando as crianças a fazer uma pipa |
|
Passageiros esperando ribeirinhos chegarem para jogar presentes |
|
Muitas crianças vêm à balsa em busca de presentes dos viajantes |
|
Cidades ribeirinhas onde parávamos para desembarque de passageiros e mercadorias |
|
Amazônia |
|
Amazônia |
|
Amazônia |
|
Amazônia |
|
Amazônia |
|
Amazônia |
|
Amazônia |
|
Amazônia |
|
Amazônia |
|
Amazônia |
|
Amazônia |
|
Encontro das águas: Amazônia |
|
Encontro das Águas: rio Negro e Solimões |
|
Amazônia |
|
Amazônia |
|
Amazônia |
|
Amazônia |
|
Amazônia |
|
Amazônia |
|
Amazônia |
|
Amazônia |
|
Amazônia |
|
Amazônia |
|
Tempestade de 5 minutos que pareceu uma eternidade: teeeenso |
|
Amigo canadense |
|
Amazônia |
|
s2 |
|
Amigos de balsa |
|
Amigos de balsa: Rafaela e Marcelo |
"Sinto que sou um bosque \ que ha rios dentro de mim\ montanhas \ e parece-me que vou espirrar flores \ e que, se abro a boca, \ provocarei um furacao com todo o vento\ que tenho contido nos pulmoes" - Gioconda Belli